terça-feira, 31 de maio de 2016

Tenho vergonha de falar que sou coach



Por Flávia Lippi

Dar um passo em direção ao crescimento é um grande passo. Propor a si mesmo ser melhor a cada dia significa assumir uma postura de vida cheia de desafios, mas com um futuro promissor com frutos chamados prosperidade.

Decidir ser um Coach é optar por ver o mundo de uma forma diferente. Olhá-lo por perspectivas de fé e de desenvolvimento ascendente. Ser um Coach é uma filosofia de transformação. Decidir que, a partir de hoje, fé, esperança, planejamento, ação, postura positiva, participação e responsabilidade são os ingredientes obrigatórios na sua trajetória.

Mais do que uma nova profissão. Mais do que as possibilidades de crescer profissionalmente. Mais do que todos os benefícios que o Coaching trará a você, acredite: a partir deste momento você pode se tornar alguém ainda mais especial para o mundo. Mestre de si mesmo!

E sabe porque eu tenho vergonha de falar que sou coach? Porque se tornou uma profissão de desesperados e iludidos, ou até mesmo ilusionistas.

Dentro de meu escritório, que comemora 25 anos de vida, recebo coaches a beira da morte emocional. O motivo? Simples. Cansaram de suas profissões anteriores ou até mesmo, contrataram um coach e ficaram tão felizes com o resultado imediato que resolveram se formar em uma das inúmeras empresas de formação de Coaching e saíram de lá novos “COACHES”, com a promessa que seriam ricos, amados, bem sucedidos e totalmente resolvidos, como aquele coach, que outrora fora contratado em algum momento da sua antiga vida...

A técnica de Coaching, com suas variáveis, é maravilhosa, e ao longo dos anos, desde que surgiu, foi crescendo e se aprimorando. Entretanto, ela nunca surgiu como promessa de riqueza as custas de outras vidas e outros sonhos e nem muito menos como promessa de completude para quem pratica, principalmente, se esta pessoa não estiver madura como ser humano, para saber se suas necessidades mais básicas e mais complexas estão sendo acolhidas e que demandam o apoio de outros profissionais, incluindo psicólogos ou psiquiatras ou outros profissionais necessários.

Tenho vergonha de dizer que sou coach, porque tenho vergonha de vender dez passos para o sucesso, a fórmula mágica para resolver sua relação com seu marido, o processo perfeito para que você se torne diretor e logo, logo, o CEO de sua empresa, a certeza de que você pagando bem, você terá aquilo que sonha.

Tenho vergonha de ser coach, quando escuto em rodas sociais, a maioria das pessoas dizendo que são coaches e até que enfim tem seus próprios negócios e se livraram da vida monótona de que tinham antes e agora são bem sucedidos e ajudam milhares de pessoas com sua especialidade.

Tenho vergonha de ser coach, quando escuto as mentiras contadas e embaladas em estratégias de marketing, posts fantásticos, delírios de sucesso , cursos mágicos, para convencer uma grande maioria de que contratando este profissional você se torna um deles.

Tenho vergonha de ser coach, quando recebo milhares de spans, whatsup, sms, inbox, e toda forma de comunicação, vendendo, com as mesmas palavras, os mesmos temas, as mesmas abordagens, a mais pura cópia da antiga PNL, deformarda, copiada, desgastada e estragada pelos desesperados pelo dinheiro imediato.

Tenho vergonha de ser coach, em saber que muitos estão passando por maus bucados e ao invés de se curarem, estão vendendo uma cura inexistente.


Só desejo a você coach, que seja mestre de si mesmo e repleto de forças para ir além do que você possa ver com olhos humanos.


Flávia Ld Lippi
é CHO - Chief Health & Happiness Officer, IDHL – Instituto de Desenvolvimento Humano Lippi, Mentora, Mediadora, Transformadora, Amiga e ouvinte de neurônios, fígado, coração e entranhas. Marca registrada: sorriso largo.

Mídias sociais: como minha empresa deve se comportar?



Por Daniel Galvão 

É estranho pensar que deve haver uma espécie de código de bom comportamento empresarial dentro das redes sociais. Um ambiente tão livre e que sempre incentiva essa liberdade, como a internet, pode parecer isento desse tipo de normatização, e utilizar uma espécie de guia de conduta pode parecer estar na contramão dessa liberdade de expressão.
O ponto é que não estamos falando apenas de opiniões e posições pessoais. Quando a rede social é da empresa, ela deve se posicionar como empresa. Ou seja, os mesmos valores e missão que valem dentro da empresa, valem para sua imagem na web.

Como empresa, você deve representar a solidez e ética que seu consumidor espera. Seu público aceita que haja maior descontração? Ótimo! Mas não é sempre assim, muitas vezes os clientes e público alvo da empresa são justamente pessoas mais conservadoras, e arriscar demais pode te fazer ser mal visto.

Além disso, é importante que você converse sempre com seu alvo e, se seu alvo comercial tem opiniões diversas, é bom não tomar partidos. Um exemplo comum são discussões políticas. Para a empresa, não importa a posição pessoal do seu fundador, do seu analista de redes sociais, ou mesmo da maioria de acionistas. O que importa é o cliente e o consumidor, e se ele está em ambos os lados de uma discussão, é bom simplesmente se isentar.

Essas restrições se estendem aos principais chefes da empresa. A imagem deles está atrelada demais à da empresa, então sim, sua liberdade como indivíduo fica um pouco tolhida, mas isso não é o fim do mundo. 

É bom sempre buscar ser idôneo e partilhar apenas aquilo que te mantém seguro. Da mesma forma que você não fornece seus dados pessoais para um estranho que te liga, você não deve fazê-lo na internet, seja lá em qual rede social você esteja.

Sua postura como empresa faz a diferença, e as pessoas estão de olho. Além disso, os próprios mecanismos de Big Data se aproveitam disso. Se sua empresa mostra uma postura e investe naquela rede social, ela vai aparecer principalmente para o tipo de consumidor que se alinha às suas ideias.

Ou seja, assumir uma posição te ajuda a estar entre aqueles que você está buscando quando investe em campanhas online. É bom sempre montar uma estratégia de posicionamento de marca que se reflita nas redes sociais.

Ações de marketing devem considerar o ambiente online, mas devem se perguntar coisas simples, como “estou ofendendo alguém?”, “para quem estou falando isso?”, “estou alinhado como minha missão e valores como empresa?”.

É bom contar com analistas e pessoas especializadas para cuidar de sua estratégia de marketing. Às vezes, algo inofensivo a seus olhos, pode fazer toda a diferença para a empresa em um futuro próximo - e não é toda marca que consegue suportar críticas pesadas, mesmo que momentâneas, até que haja correções de uma postura.

Tome cuidado antes de fazer uma conta em uma rede qualquer e sair por aí falando e compartilhando tudo que vê. Essas coisas demandam estratégia e isso será visível em termos de prevenção de perdas, gerenciamento de crise e, inclusive, na captação de novos leads. Mídia social, hoje em dia, é coisa série e, como tal, merece planejamento e atenção. 

Daniel Galvão
  é publicitário especializado em mídias digitais e fundador da Mango Digital

quinta-feira, 14 de abril de 2016

10 dicas para quem quer abrir uma franquia



Por João Augusto Ribeiro Penna


1.      FAÇA UMA AUTOANÁLISE CRITERIOSA
O primeiro passo é fazer uma autoanalise com algumas preguntas básicas:
 - Você já teve um negócio próprio?
 -Sabe se relacionar com pessoas?
- Conforme o negócio escolhido, você está ciente de que poderá ter que trabalhar aos finais de semana e feriados? (Pois esses podem ser os dias de maior faturamento da sua empresa).
 - A sua família o apoiará nessa empreitada?
 - Você está ciente de que apesar do ser seu o negócio, você terá que obedecer ao Franqueador e suas normas e padrões?
 - Você tem perfil e habilidade para tratar com funcionários e clientes?

2.      ESCOLHA O NEGÓCIO QUE MAIS COMBINE COM O SEU PERFIL

Não opte por um negócio que esteja na moda.

Escolha uma atividade que lhe dê prazer. Se essa atividade estiver na moda, melhor ainda.
Você deve se sentir bem dentro do seu negócio. O negócio também precisa ter a sua cara.

3.      ANALISE A SUA CAPACIDADE DE INVESTIR
Veja quanto você tem disponível para investir nesse negócio.

Lembre-se de que além dos valores para investimento, você precisará de uma folga financeira para os primeiros meses de operação.

Nem todo negócio consegue atingir o seu ponto de equilíbrio logo após sua abertura, com as receitas cobrindo as despesas.

Não entre em financiamento bancário. Você estará arrumando um sócio que não irá trabalhar e sempre cobrará a parte dele nos lucros, nunca nos prejuízos.

As linhas de crédito, tipo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), são interessantes, mas estude bem se, no seu caso, elas são viáveis.

4.      CUIDADO COM O PONTO COMERCIAL

Este é um dos itens de maior importância para o sucesso do seu negócio. Perde apenas para a escolha da franquia que irá investir.

O ponto comercial pode ter maior ou menor influência, dependendo da atividade escolhida. Por exemplo, para o setor de alimentação, ele é tudo.

Fique atento, o seu investimento para montagem do seu negócio será sempre o mesmo, seja num ponto bom ou num ponto ruim, a diferença é que, no primeiro, o seu faturamento poderá ser o dobro do que ocorrerá no segundo.

Analise, atentamente, as cláusulas contratuais. E utilize a experiência de um advogado especializado em locações.

E mais importante de tudo: negocie sempre, e muito bem. Se você, por impulso, aceitar um valor locatício incompatível com o faturamento do seu negócio, você irá conviver com isso durante todo o período que durar o seu contrato de locação. O seu Franqueador deve saber o percentual máximo que o seu aluguel pode atingir em função do faturamento esperado. Com a experiência dele, você pode projetar o faturamento no ponto escolhi para negociação e, assim, chegar ao valor máximo de aluguel que poderá suportar. Acima desse valor, você reduz o lucro. Abaixo, essa diferença irá incorporar o seu lucro, todos os meses.

5.      NÃO SE ESQUEÇA DOS CONCORRENTES
Fique atento à concorrência ao redor do seu ponto comercial.

Analise os pontos fortes e os pontos fracos deles, e compare com os seus. Nem sempre um concorrente por perto é negativo.

Ele pode ser um grande gerador de tráfego que pode beneficiar a sua loja. Se o seu negócio tiver bons atrativos, poderá se beneficiar do fluxo de pessoas que esse concorrente propiciará. Esse público perceberá o seu diferencial e, certamente, irá querer conhecer o seu negócio. Aí dependerá só de você (loja limpa, bem cuidada e iluminada) e dos seus colaboradores (atendimento cordial, atencioso e com as palavras-chave, bem-vindo, em que posso ajudar, posso sugerir, obrigado por ter vindo e volte sempre, entre outros).

6.      CONHEÇA O FRANQUEADOR
Esta etapa não é tão difícil, mas requer cuidado e atenção.

Veja há quanto tempo o Franqueador está no mercado? Quantas lojas franqueadas ele possui? Quantas lojas próprias ele opera? Franqueador que não tem lojas próprias, nem sempre está atualizado com o dia a dia da operação. Na loja própria é que ele pode sentir na pele o resultado das suas ações de gestão como Franqueador.

7.      CONVERSE COM OS FRANQUEADOS
Este é o melhor termômetro que você pode usar para medir a temperatura da Franqueadora.

Visite lojas e converse com os Franqueados. Veja se tudo aquilo que o Franqueador lhe passou, como sendo apoio da Franqueadora, realmente foi dado aos Franqueados.

Mas atenção: em toda Franqueadora existem Franqueados descontentes. Saiba entender o motivo desse descontentamento e, veja também, se ele é generalizado ou é pontual. Se todos os Franqueados reclamam da mesma coisa, pode ser um problema do Franqueador, mas se, somente poucos reclamam do mesmo ponto, pode ser apenas um problema localizado.
 Na maioria dos casos, esse descontentamento é causado por falhas na avaliação dos itens 1 e 2 desta lista.

8.      ANALISE A CIRCULAR DE OFERTA E O CONTRATO PROFUNDAMENTE
A Circular de Oferta de Franquia, é um documento que o Franqueador, pela lei 8.955, tem que entregar a você 10 dias antes de você assinar qualquer documento ou realizar qualquer pagamento relacionado à aquisição da Franquia.

Na COF, você encontrará também uma minuta do Contrato de Franquia que você irá assinar caso vá até o fim na sua negociação. Leia também com muita atenção.

O Contrato de Franquia é um Contrato de adesão que é igual para todos os Franqueados. Todas as regras da Franquia estão ali definidas para serem obedecidas.

9.      NÃO FAÇA NADA POR IMPULSO
Seja o mais racional possível na análise do negócio que você está entrando.

Lembre-se de que nele, você estará colocando suas economias. Nesta hora, decidir por impulso pode ser um péssimo negócio.

10.  ENTENDA BEM O SEU PAPEL
Siga sempre as normas e padrões definidos pelo Franqueador. Não tente "reinventar a roda".

Se você acha que pode fazer melhor que ele, então faça, mas no seu próprio negócio. Aí você não precisará pagar royalties e taxas. Corra o risco sozinho.

Vale reforçar a citação de Marcelo Cherto, presidente da Cherto Consultoria, é um dos fundadores da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e um dos principais responsáveis por difundir os conceitos do Franchising no país: "Numa rede de franquias que se preze, não há muito espaço para "rebeldes sem causa". 

Numa rede de Franquias, você tem que atuar conforme estipulado no contrato e Franquia. É claro que você pode sugerir e apresentar ideias ao seu Franqueador (foi assim que surgiu o Big Mac), mas caberá a ele, desenvolver, testar, aprovar e implantar para toda a sua rede, a sugestão que você apresentou.

O seu negócio não dará nada a você, ele simplesmente lhe devolverá em lucro, todo o tempo e dedicação que você gastar com ele. Sua presença é e sempre será fundamental para o sucesso do seu investimento.

João Augusto Ribeiro Penna
é gerente geral da rede Fran´s Café.